Incêndio nesta sexta está em vegetação próxima às comunidades.
Visitação a cinco trilhas da Chapada Diamantina está suspensa.

Fogo pode chegar à comunidade, de acordo com brigadistas (Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis)Fogo pode chegar à comunidade, de acordo com brigadistas (Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis)














O incêndio que atinge a Chapada Diamantina, na Bahia, está nas proximidades de comunidades no Vale do Capão, na cidade de Palmeiras, e em Lençóis, de acordo com integrantes da Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral) e a Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC).
“O fogo está sem controle em Lençóis, de maneira que está ao redor da cidade inteira. O fogo está próximo da Cachoeira do 21 e vai sentido à serra do Ribeirão do Meio. Temos também o fogo do Barro Branco. Na vila do Barro Branco, ao redor das casas, a vegetação já foi queimada”, conta o brigadista Janio Gledson Souza, da Bral, em entrevista  na manhã desta sexta-feira (11).
Fogo está fora de controle na região (Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral))Fogo está fora de controle na região
(Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis
Segundo ele, o fogo está cerca de 5 quilômetros da cidade de Lençóis. O grupo de brigadistas conta com apoio de aeronaves disponíveis pelo governo do Estado, mas ainda assim, Janio acredita que o apoio não é suficiente.
“É pouco helicóptero para dar apoio. A gente entra no intervalo de transporte dos bombeiros. Normalmente, a gente consegue o transporte, mas o incêndio ganha proporção”, conta.
A Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC) enviou um comunicado via redes sociais nesta sexta-feira (10), convocando brigadistas para a situação emergencial do fogo na região. O brigadista da ACV-VC Matheus Pestro informou que a preocupação do grupo é a ameaça do fogo chegar a casas no Vale do Capão. “A linha de fogo vai da Cachoeira da Fumaça até a Gruta do Lapão. O clima está muito seco e parou de chover", disse.
Fumaça é vista da cidade de Lençóis (Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral))Fumaça é vista da cidade de Lençóis
(Foto: Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis
Ibicoara
Em Ibicoara, também na Chapada, o fogo chegou a ameaçar a comunidade de Baixão, mas o fogo foi controlado, de acordo com a secretária de Turismo da cidade, Tatiana Portela. “O fogo estava avançando próximo da comunidade, e se não tivesse controlado ontem [quinta-feira, 10], já tinha chegado por lá”, conta.
A trilha Cachoeira do Buracão, em Ibicoara, foi interditada como medida preventiva pela prefeitura. “Lá só é acessado com guias, e como parte dos guias está em combate a incêndio, a gente decidiu suspender. A gente precisa mover todas as forças para tentar combater focos de incêndio prioritários”, afirma.
A secretária ainda informa que há equipes de combate com aeronaves na localidade de Gerais de Machobombo, entre a cidade de Mucugê e Ibicoara, por conta de difícil acesso.

Também estão mobilizados 59 bombeiros militares na região. A secretaria prometeu se pronunciar sobre a ameaça do fogo à comunidade local.
Combate

Por meio de assessoria, a secretaria de Meio Ambiente do Estado informou que estão disponíveis para combater as chamas quatro aviões-tanque e dois helicópteros e veículos tracionados.
O chefe do Parque Nacional da Chapada, César Gonçalves, informou a que as trilhas que dão acesso à Cachoeira da Fumaça, no município de Palmeiras, Gruta do Lapão, em Lençóis, Fumacinha e Véu de Noiva, em Ibicoara, continuam indisponíveis para visitação.
“A gente não está recomendando a visitação porque está perigoso. O problema é que, como a gente não está tendo chuva, a situação não está favorecendo e, mesmo com todos os esforços dos brigadistas, não estamos conseguindo. Estamos buscando reforços para tentar controlar a situação”, disse.
Ele ainda informou que as chuvas que atingiram a região no final de novembro foram pontuais, não atingiram a região inteira e acabou trazendo raios que provocaram vários focos. “O fogo não está tão ruim como estava em novembro, mas é preocupante, principalmente porque não conseguimos extinguir”, avalia.
fonte G1