De 11 viaturas, 7 ficaram retidas no Hospital Luzia de Pinho Melo.
Segundo direção da unidade, retenção de macas foi problema pontual.





A retenção de macas no Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, prejudicou o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nesta terça-feira (5), segundo boletim de ocorrência registrado no 1º Distrito Policial. A coordenação do Samu relatou para a polícia que das 11 viaturas que compõe o Samu, 7 estavam com macas retidas no hospital.Segundo direção do hospital, a retenção de macas e ambulância foi um problema pontual porque há 10 leitos na emergência no Pronto-Socorro e havia 30 pacientes.
Segundo o boletim de ocorrência, a primeira maca chegou ao hospital às 8h50 e as demais às 9h; 10h05; 12h40; 11h12; 11h40 e 14h. De acordo com o Samu, as sete viaturas ficaram retidas no hospital por conta da não liberação das macas e isso causou prejuízos no atendimento de socorro solicitado pelo 192.

De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 17h14 foi comunicado pela central do Samu a liberação de duas viaturas, mas outras cinco continuaram retidas no hospital.
No boletim de ocorrência consta que os funcionários do Samu entraram em contato com a direção do hospital para relatar o problema. Eles também comunicaram ao secretário municipal de Saúde, Marcelo Cusatis, e o presidente do consórcio Cresamu, Paulo Villas Boas. O hospital também foi acionado.

Em nota, a Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que "A coordenadoria do Cresamu informa que, nesta terça-feira (05), foi registrado Boletim de Ocorrência de preservação de direitos, uma vez que sete ambulâncias estavam retidas no hospital Luzia de Pinho Melo, no Mogilar. Os veículos ficaram parados, em média, por 10 a 12 horas no hospital. Com esta situação, o Samu estava impossibilitado de prestar atendimento. A situação, que não vinha sendo registrada ultimamente, voltou a ocorrer nesta quarta-feira (06)". 

Segundo o diretor do Hospital Luzia de Pinho Melo, Luiz Carlos Vianna, a retenção de macas e ambulância foi um problema pontual. “Temos 10 leitos na emergência no Pronto-Socorro. Nesta terça-feira (5), tínhamos 30 pacientes. Na observação do PS, eram 55 pacientes. É muita gente. Não tínhamos mais onde colocar paciente, fizemos o melhor atendimento possível. Quando o paciente chega pelo Samu no hospital, tendo espaço, fazemos a transferência de maca, mas tem dias em que não é possível fazer isso prontamente po causa da superlotação”, explicou.
Ainda segundo o diretor, o hospital é referência na região do Alto Tietê. “Recebemos pacientes de Santa Isabel, Guararema, Suzano, Biritiba-Mirim. Não é uma demanda só de Mogi. É preciso ter colaboração dos municípios para que os serviços de emergência funcionem nestas cidades também, evitando esse acúmulo de pacientes em uma unidade só. O Luzia está cheio de maca, mas não posso deixar os pacientes no corredor”, destacou.
fonte G1