História do Trabalho em Altura | Acesso por Corda
Ao analisarmos a história da humanidade percebemos que desde há muito tempo o homem vem realizando trabalhos em lugares altos e/ou de difícil acesso, porém, tal fato, assim como muitos outros, parece ter desaparecido na imensa vastidão da história humana. Embora esse fato tenha se perdido na história, o mesmo vem deixando grandes marcas, as quais podem ser vistas e admiradas séculos depois de terem sido realizadas.
Não há pessoa nesse planeta que não tenha visto ou pelo menos ouvido falar de grandes construções tais como, as Pirâmides do Egito (Egito), o Paternon (Grécia), o Coliseu (Itália) ou a Torre Eiffel (França), porém a grande maioria, embora se admire com a beleza e imponência de tais obras, acabam não lembrando que tais maravilhas são exemplos históricos da realização de Trabalhos em altura.
Embora, podemos encontrar exemplos de trabalho em altura realizados por toda história da nossa humanidade, o termo “Trabalho em Altura” surgiu há pouco tempo.
Realmente a denominação “Trabalho em Altura” não tem mais de 50 anos, sendo que os países pioneiros no desenvolvimento e adoção de técnicas para trabalhos em altura foram: França, Alemanha, Inglaterra e Estado Unidos, a Revolução Industrial acelerou esta necessidade.
No Brasil a história do “Trabalho em Altura” é ainda mais curta surgindo apenas no início dos anos noventa. Cabe ressaltar que, em qualquer país do mundo, o “Trabalho em Altura” teve um desenvolvimento similar, se não idêntico.
As técnicas utilizadas hoje em dia para a realização de trabalhos em altura e/ou acesso por cordas vem basicamente de duas áreas esportivas: “a Escalada esportiva em rocha e a Espeleologia”.
Embora oriundas das áreas esportivas, essas técnicas atuais utilizadas na realização de trabalhos em altura, passaram por um desenvolvimento próprio, adquirindo características que as diferem das técnicas utilizadas na área esportiva. Logo, não podemos utilizar a palavra adaptação, mas sim, auto-desenvolvimento entre si.
Mesmo possuindo uma história relativamente curta, as técnicas de trabalho em altura vêm contribuindo de forma significante na realização de serviços em lugares altos ou de difícil acesso, além de terem uma contribuição imensurável no aumento da segurança de pessoas que precisam realizar trabalhos em ambiente de difícil acesso utilizando a técnica de Acesso por Corda (Alpinismo Industrial).
Até então, os colaboradores de algumas empresas, de alguma forma, eram obrigados a realizar trabalhos de caráter empreendedor e dinâmico, onde o risco de queda era fator predominante e sem o mínimo de segurança necessária para execução da atividade (hoje em dia ainda acontece isso em serviços prediais, ex: limpeza de vidros, fachada, pintura…).
Por falta de acesso a estas informações e treinamentos, as estatísticas de acidentes relacionados e envolvendo trabalho em altura atingem grandes proporções, cerca de 80% de quedas acima de 2 metros de altura se resultam em acidentes de caráter grave ou gravíssimo e também acidente fatal.
O fator psicológico também reflete no dia a dia dos colaboradores de algumas empresas, que mesmo convivendo com este tipo de atividade de risco é movido pela necessidade financeira, onde adapta-se ao perigo e convive diariamente com o fator de risco.
A Transição
Com a necessidade de distribuição de energia elétrica e a chegada das grandes empresas de telecomunicação no Brasil em meados de 1998 devido ao sistema de telefonia móvel, as empresas estrangeiras começaram a exigir das empresas brasileiras mais segurança na execução dos trabalhos, promovendo o fornecimento de Equipamentos de Segurança e Treinamentos.
No ano anterior (em 1997) atenderam a demanda que naquele ano se refletia nas empresas brasileiras, desenvolvendo os primeiros Cursos de Trabalhos em Altura onde a técnica e equipamentos esportivos usados em escalada em rocha e na espeleologia foram migrados e adaptados aos serviços de Trabalho em Altura (Acesso por Corda) e atenderam em 100% às necessidades de campo.
Além de mais seguros, os técnicos e colaboradores empenhados nas obras absorveram a mudança de maneira positiva, desenvolvendo uma velocidade maior na execução de suas tarefas. Sendo assim, os trabalhos que anteriormente eram encarados e executados de maneira braçal, ganharam dimensões técnicas e profissionalizantes evoluindo a cada dia.
Empresas nacionais exerceram papel importante no desenvolvimento de equipamentos de segurança mais confiáveis e com normatização (C.A. – Certificado de Aprovação) dos mesmos, viabilizando a aquisição por parte de empresas que hoje em dia investem em segurança.
Dias Atuais
Gostaríamos de lembrar a importância e a necessidade na observação das normas,NR-06 que trata dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que obriga as empresas a fornecer equipamentos de segurança bem como utilizar o mesmo e treinamentos adequados, em 2005 se inicia no Brasil os estudos para a comissão de elaboração da normativa ABNT NBR 15.475 (Acesso por Corda) procedimentos técnicos para a execução de serviços com agilidade e com maior segurança vem para padronizar procedimentos para realização dos trabalhos de Acesso por Corda valorizando os colaboradores e beneficiando a empresa pela qualidade do serviço.
Em Março de 2013 é aprovada a NR-35 Trabalho em Altura, que determina como devem ser os procedimentos para a execução dos Trabalhos em Altura e em Março de 2014 é aprovado o ANEXO I da NR-35 Trabalhos em Altura que determina os procedimentos para os trabalhos realizados com o método de Acesso por Corda em conformidade com a ABNT NBR 15.475 Acesso por Corda.
Nos dias atuais contamos com uma gama imensa, tanto de técnicas como equipamentos específicos. Possuímos também acesso a informações técnicas de padrões internacionais superando assim, um grande marco na história da segurança do Trabalho em Altura e Acesso por Corda no Brasil.
Interfaces do Trabalho em Altura
Atualmente, o Acesso por Corda ou Alpinismo Industrial é a interface de ligação para execução de serviços das profissões já conhecidas na indústria, tais como: Solda, Caldeiraria, Pintura, Inspeções (diversas), Ultra-som, ME, END, Montagem e Desmontagem de Estruturas e de Equipamentos; Serviços de Resgate e Espaços Confinados: Socorristas, Regatistas, Técnicos de Segurança e entre outras profissões especificas para realização de trabalhos industriais, seja em ambientes externos ou em espaços confinados.
Associações no Brasil e no Mundo
Os serviços de Manutenção Industrial poderão ser realizados com a técnica de Alpinismo Industrial (Acesso por Cordas), a primeira e única instituição estrangeira a ser reconhecida para trabalhos no Brasil foi a IRATA (Industrial Rope Access Trade Association) vindo do Reino Unido UK, com Técnicos de Acesso por Corda nível 1, 2 e 3, dependendo da necessidade do serviço.
Outras associações no mundo já são regulamentadas em outros países como Portugal, Espanha, França, EUA, África, Austrália e Nova Zelândia, e como o Brasil não poderia ficar de fora pela grande quantidade de empresas e escaladores existentes e executantes em Acesso por Cordas a partir de 2010 a ABENDI (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos) iniciou os trabalhos de certificação nacional no Brasil para pessoas em Acesso por Corda com base na ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
E para fortalecer os procedimentos conforme a necessidade do Brasil em Acesso por Corda, Trabalhos em Altura, Trabalhos em Espaços Confinados, Trabalho em Altura Torres de Telecomunicações e Trabalho em Altura em Torres de Energia Elétrica foi criada em 2007 a ANEAC – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE EMPRESAS DE ACESSO POR CORDA, a fim de promover melhor conforto e segurança no trabalho para colaboradores na execução dos trabalhos relacionados a Acesso por Cordas e Trabalhos em Altura.

                                  
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