http://www.conexaobombeiro.com.br/noticias/samu/143852/1

G1



Central, que funciona 24h, estava com apenas 3 funcionários pela manhã.
Secretaria da Saúde afirma que tem até o dia 31 para fazer o depósito.

Com os salários atrasados, telefonistas da central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Rio Grande do Sul reduziram as atividades a partir da noite de terça-feira (8).
O motivo é a falta de repasses do governo do estado. Apenas 30% da equipe segue recebendo ligações de emergência que chegam pelo número 192.
"A gente está sofrendo há uns três meses com atrasos no pagamento de passagem, de salários, então a gente decidiu que iria paralisar, ficar somente com 30% do efetivo trabalhando, até que regularizem o nosso pagamento, que era pra ter sido feito até o quinto dia útil e até hoje a gente não recebeu ainda", explica a funcionária Adriane Beck.
A central telefônica do Samu funciona 24 horas. Na manhã desta quarta-feira (9), apenas três funcionários atendiam a demanda na sala de operações, quando normalmente seriam oito no mesmo período.
"Todo mês está sendo assim, a gente vem trabalhar e não sabe quando vai receber. Tá complicado, né?", queixa-se Fabiana Mariano. "Às vezes a gente está mais pagando pra trabalhar que pra receber", completa a colega Eloísa Lara.
A empresa F.A. Recursos Humanos disse que o repasse do estado, normalmente feito até o fim do mês, ainda não entrou, mas que assim que for feito vai depositar o salário dos funcionários. Já a Secretaria Estadual da Saúde afirmou que tem até o dia 31 de março para depositar o valor.
O Samu estadual é responsável por mais de 200 municípios - Porto Alegre e Caxias do Sul, por exemplo, tem serviço próprio.
O governo gaúcho vem enfrentando dificuldades financeiras e atrasando salários e repasses, além das parcelas da dívida com a União, desde 2015. Desde abril do ano passado, a União já determinou o bloqueio das contas do estado em oito oportunidades (entre os meses de julho e novembro de 2015, e nos dois primeiros meses deste ano).