A primeira revisão do manual de qualificação da ONA fortalece a gestão e valoriza envolvimento dos colaboradores

Criado em 2011, o Manual do Selo de Certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) ganhou sua primeira revisão, que valerá a partir de 2016. As mudanças permearam assuntos relacionados à gestão de segurança e envolvimento de equipe entre outras questões.

A superintendente da ONA, Carolina Moreno, explica que alguns tópicos ganharam atualização, mas que o alinhamento principal está mantido. “O manual principal determina todas as mudanças dos outros”, conta. “Procuramos manter o mesmo alinhamento ao que é preconizado pela ISQua”, completa.

O que mudou:

Fortalecimento da gestão, em relação ao manual anterior;
A subseção da qualidade foi eliminada, o que já tinha acontecido no manual geral, por entender que a questão da qualidade tem que permear a gestão toda e não necessariamente deve ser um escritório. As áreas precisam saber planejar suas questões relacionadas à qualidade e estabelecer seus resultados;
Maior consistência nas políticas de gestão de pessoas e envolvimento dos colaboradores;
Inserção da dimensão da qualidade para orientação da avaliação pelos avaliadores.
Manual do Selo de Qualificação

A superintendente da ONA falou ainda sobre o objetivo do manual, que é orientar os prestadores de serviço de processamento de roupas, dietoterapia, manipulação, esterilização e reprocessamento de materiais. Por conta disso, o documento fala em certificação e não em acreditação, como é o caso dos hospitais, por exemplo.

“Em 2011 o manual surgiu com a necessidade de qualificação de fornecedores críticos das organizações prestadoras de serviços de saúde. A segurança do paciente e a qualidade assistencial também dependem desses serviços terceirizados. Por isso desenvolvemos esse manual do Selo”, diz Carolina.

O processo é direcionado para gestão e segurança, mas sem níveis diferentes como os dos processos de acreditação de prestadoras de serviços de saúde. Todos os padrões e requisitos consideram segurança e uma boa gestão de organização. “É um selo de certificação. Os principais clientes dessas organizações são as prestadoras de serviço de saúde e não o paciente diretamente”, esclarece Carolina.

A certificação consiste, então, em uma forma diferente de classificação, mas a metodologia de abordagem e implementação seguem os mesmos requisitos da acreditação. “O Selo de Qualificação de Serviços para a Saúde tem prazo de validade de um ano. Quando termina esse prazo é necessário realizar uma nova visita para certificação. As visitas que acontecerem a partir do lançamento do novo manual levam em consideração as novas normas vigentes”, esclarece.
fonte segurança do paciente