Sem horas extras, bombeiros de Guaporé fecharam as portas
Servidores estavam de prontidão somente para situações de urgência e emergência. Assessoria de Análise Técnica permaneceu sem atividades durante cerca 10 dias

O quartel do Corpo de Bombeiros de Guaporé, sob comando do Tenente Vladimir Lopes Alves, fechou as portas para atendimento na assessoria de análise técnica (AAT), responsável pelos Planos de Prevenção Contra Incêndios (PPCI), durante cerca de 10 dias. O motivo: a falta de horas extras para os servidores desempenharem as atividades. Com efetivo reduzido e horas extras retiradas para a contenção de despesas, a solução encontrada pelo comandante Tenente Vladimir Lopes Alves, para que a totalidade dos serviços a população não fossem prejudicados, foi suspender o atendimento ao público nas análises dos projetos.

“Para evitar o pior, suspendemos o atendimento aos civis que vem entregar os planos de prevenções e ver o andamento dos processos. Estamos com um número de efetivo aquém do previsto e desde o dia 24 de fevereiro, somente dois bombeiros estão de serviço, o que impossibilita a continuidade das atividades da assessoria de análise técnica”, salientou.

Um cartaz na porta de entrada do quartel destaca: “AAT – Assessoria de Análise Técnica permanecerá fechada até o dia 29 de fevereiro, retornando às atividades em 1º de março, devido a falta de efetivo”. A medida, segundo o Tenente Alves, poderá se repetir ao longo dos próximos meses, caso o Governo Estadual não libere mais horas extras para os Comandos Regionais do Corpo de Bombeiros.

“Estamos recebendo os projetos e alvarás normalmente, mas se continuar o número reduzido de horas extras, provavelmente no dia 20 de março, nós vamos ter que novamente deixar de atender na assessoria de análise técnica e dar prioridade para o atendimento de emergência (incêndios e acidentes)”, disse Alves.

O Tenente analisou também o prejuízo causado com os cortes efetuados pelo Governo nas horas dos servidores do Corpo de Bombeiros.

“Prejudica e muito o fechamento da AAT. Temos um acúmulo grande de trabalho e somos em poucos para as análises. Se ficarmos 4, 5 ou até 10 dias sem pegarmos os projetos nas mãos e não conseguirmos sair para efetuar as vistorias, cada vez mais haverá atividades paradas, a espera de soluções da nossa parte. Todos os planos cadastrados no quartel estão sendo revistos. Se hoje estamos levando 90 dias para analisar um projeto grande, esse prazo vai se estender para 100 ou 120 dias para fazermos esse serviço”, afirmou.

O risco de fechamento total do quartel, até mesmo sem atendimento das emergências, está descartado pelo comandante.

“Para que não tenhamos problemas, nós vamos diminuindo as horas e o número de servidores no turno da noite. Em vez de três, colocamos dois e isso faz com que o atendimento de emergência não seja prejudicado. Dificilmente vamos fechar por completo o quartel (análises e emergências), como aconteceu com outras unidades no Rio Grande do Sul”, destacou.
fonte  redesul.com.br