A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, acaba de liberar o remédio nivolumabe, produzido pela farmacêutica Bristol-Myers Squibb, no Brasil. Ele é indicado para o câncer de pulmão localmente avançado e para o melanoma metastático. O remédio integra a classe dos imunoterápicos, uma nova maneira de combater os tumores. Ao contrário de quimioterapia e radioterapia, que miram na doença em si, as drogas da imunoterapia agem no sistema imunológico, incentivando que as nossas próprias células de defesa ataquem a massa maligna. 
Os resultados são impressionantes: nos estudos realizados antes da aprovação, o nivolumabe foi capaz de reduzir o risco de morte dos pacientes com câncer de pulmão em 41% e aumentou a taxa de sobrevida de um ano em 42%. Isso é praticamente o dobro do que o melhor tratamento disponível hoje é capaz de fazer. Não à toa, a classe dos imunoterápicos é encarada atualmente como uma das maiores revoluções da oncologia.
Há algumas semanas, a Anvisa já tinha dado sinal verde a outra droga indicada para câncer de pulmão de não pequenas células avançado. Produzido pela farmacêutica Pfizer, o crizotinibe é efetivo nos casos em que ocorre uma mutação nos genes ALK e EML4. Esse tipo de tumor costuma atingir pessoas mais jovens e que não têm o hábito de fumar, o que representa cerca de 5% dos pacientes com a doença. 
Além do nivolumabe, o único fármaco imunoterápico liberado no Brasil é o ipilimumabe -- também da Bristol Myers-Squibb --, prescrito nos casos de melanoma. Por enquanto, o fator que mais dificulta o uso dessa abordagem inovadora é o preço. Uma única dose, administrada por meio de injeções, pode ultrapassar os 30 mil dólares. Mas a expectativa é que os custos diminuam bastante nos próximos anos. 
fonte mdemulher.abril

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